
WASHINGTON (Reuters) – As encomendas de bens duráveis manufaturados nos Estados Unidos aumentaram em março devido à forte demanda por aeronaves comerciais, mas a atividade em outras áreas foi fraca, provavelmente porque as empresas exerceram cautela diante de uma perspectiva econômica cada vez mais sombria causada pelas tarifas.
Os pedidos de bens duráveis, itens que variam de torradeiras a aeronaves destinadas a durar três anos ou mais, aumentaram 9,2% no mês passado, após um avanço ligeiramente revisado para baixo de 0,9% em fevereiro, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira.
Economistas consultados pela Reuters previam alta de 2,0% em março, depois de um ganho de 1,0% relatado anteriormente em fevereiro.

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Os Estados Unidos e a China estão envolvidos em uma guerra comercial depois que o presidente Donald Trump aumentou as tarifas sobre as importações chinesas para 145%, provocando uma retaliação de Pequim. Trump também impôs uma tarifa universal de 10% sobre quase todos os parceiros comerciais e ameaçou impor uma tarifa de 25% sobre autopeças importadas.
Uma série de tarifas foi imposta sobre outros produtos, incluindo madeira, veículos automotores, aço e alumínio.
As encomendas de equipamentos de transporte aumentaram 27,0%, impulsionados por um salto de 139,0% nos pedidos de aeronaves comerciais, que são extremamente voláteis. A Boeing informou em seu site que havia recebido 192 pedidos de aeronaves em março, em comparação com 13 em fevereiro.
No entanto, a China ordenou este mês que suas companhias aéreas não aceitem mais entregas de jatos da Boeing. Dois aviões da Boeing destinados à China retornaram recentemente.
O presidente-executivo da Boeing, Kelly Ortberg, no entanto, disse na quarta-feira que a empresa havia evitado danos mais amplos causados pelas tarifas e poderia redirecionar os jatos para outras companhias aéreas que têm “solicitado aviões adicionais”.
As encomendas de bens de capital não relacionados à defesa e excluindo aeronaves, um indicador observado de perto dos planos de gastos das empresas, subiram 0,1% em março, após queda revisada de 0,3% em fevereiro.
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