OPERAÇÃO FAKE MONSTER
| A Polícia Civil RJ, em conjunto com o Ministério da Justiça, impediu um ataque a bomba que ocorreria no show da Lady Gaga, em Copacabana, Zona Sul RJ. O responsável pelo plano foi preso e um adolescente apreendido. pic.twitter.com/oa39v5YWEd
— Polícia Civil RJ (@PCERJ) May 4, 2025
A Polícia Civil do Rio de Janeiro anunciou neste domingo, 4, que impediu um ataque a bomba contra o show da Lady Gaga em Copacabana, realizado na noite de sábado para um público estimado em 2,1 milhões de pessoas. A operação, chamada ‘Fake Monster’, foi fruto de uma ação conjunta entre diversas instituições e tinha como alvo um grupo que propagava discursos de ódio e planejava ataques, especialmente contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.
Segundo a polícia, os envolvidos estavam recrutando participantes para promover ataques com explosivos improvisados e coquetéis molotov. Durante a operação, um homem identificado como líder do grupo foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo no Rio Grande do Sul, enquanto um adolescente foi apreendido no Rio de Janeiro por armazenar pornografia infantil.
Foi descoberto que o celular de um dos suspeitos exibia um conteúdo com a bandeira de Israel. Não se sabe ainda qual é o real significado ou a relação do material com os planos do bando. O conteúdo encontrado está sendo analisado, e a investigação continua em andamento.

A polícia revelou que o ataque estava sendo tratado como um “desafio coletivo”, com o objetivo de ganhar notoriedade nas redes sociais. Os suspeitos atuavam em plataformas digitais, promovendo a radicalização de jovens, além de disseminar crimes de ódio, automutilação, pedofilia e conteúdos violentos como formas de pertencimento e desafio entre adolescentes.
Ao todo, a operação cumpriu 15 mandados de busca e apreensão contra nove pessoas em diversos municípios, incluindo o Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. A polícia também realizou uma busca em Macaé, onde um suspeito estava planejando ataques e fazendo ameaças, incluindo a de matar uma criança ao vivo. Esse indivíduo agora enfrentará acusações de terrorismo e induzimento ao crime.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro ressaltou que a operação foi realizada com o objetivo de neutralizar as ameaças digitais que vinham sendo articuladas, sem causar qualquer impacto negativo para os frequentadores do evento. A investigação foi mantida em sigilo para evitar pânico e distorções.