
Agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro, com o apoio do Ministério da Justiça e da Subsecretaria de Inteligência, impediram um ataque a bomba durante o show de Lady Gaga, que aconteceu em Copacabana no sábado (3). O evento, que reuniu cerca de 2,1 milhões de pessoas, estava sendo alvo de um grupo extremista que planejava atentados com explosivos improvisados e coquetéis molotov, visando principalmente crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+. Durante a operação, um homem foi preso no Rio Grande do Sul por porte ilegal de arma e um adolescente foi apreendido no Rio de Janeiro por armazenar pornografia infantil.
A ação foi resultado da “Operação Fake Monster”, que começou após a identificação de um grupo disseminador de discurso de ódio em plataformas digitais. Os membros do grupo recrutavam participantes, incluindo menores de idade, para promover um ataque de grandes proporções com o objetivo de ganhar notoriedade nas redes sociais. Além dos ataques, o grupo incentivava comportamentos prejudiciais, como a automutilação e a pedofilia.
O plano estava sendo tratado pelos envolvidos como um “desafio coletivo”, uma tentativa de chamar a atenção e aumentar sua influência na internet. A operação da polícia resultou em 15 mandados de busca e apreensão em diversos municípios, incluindo Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias, Macaé, e em outros estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Nos locais investigados, foram apreendidos dispositivos eletrônicos e materiais relacionados à propaganda de ódio e à radicalização de jovens.

Durante o evento, a Polícia Militar tomou medidas preventivas, montando 18 pontos de revista com detectores de metal e recolhendo mais de 200 facas. A operação foi coordenada por diversas unidades da Polícia Civil, incluindo a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), além do apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
A investigação revelou que o grupo estava utilizando a internet como plataforma para a radicalização de adolescentes, promovendo conteúdos violentos e estimulando práticas extremistas. A disseminação desses conteúdos era parte de uma estratégia para incitar o ódio contra minorias, além de encorajar comportamentos perigosos, como a participação em atentados.
De acordo com as autoridades, a atuação de plataformas digitais no recrutamento e radicalização de jovens é uma preocupação crescente. Os envolvidos na operação estavam manipulando a vulnerabilidade de adolescentes em busca de pertencimento e identidade, criando uma rede de influência que utilizava desafios perigosos para atingir suas metas de notoriedade online.
A “Operação Fake Monster” reflete um esforço contínuo das autoridades em combater a radicalização de jovens e a disseminação de ódio nas redes sociais. A polícia destaca que a colaboração entre diferentes forças de segurança e a utilização de inteligência cibernética foram cruciais para desarticular o plano e evitar uma tragédia.
A operação também expôs a gravidade dos crimes cometidos pelo grupo, que ia além da incitação ao terrorismo, englobando também atividades ilegais como o armazenamento de pornografia infantil e a disseminação de mensagens extremistas. A apreensão de materiais digitais nos locais de busca foi um passo importante na coleta de provas para o desmantelamento completo da rede de radicalização.
Veja as postagens sobre o grupo articulado e a atuação da polícia carioca nas redes sociais:
No esquema de segurança do megashow da cantora Lady Gaga, em Copacabana, a #PMERJ já apreendeu mais de 200 objetos perfurocortantes nos pontos de revista instalados nos acessos do evento.
A medida visa garantir a segurança de todos os presentes no evento.#ServireProteger pic.twitter.com/RFoU53yNXl
— @pmerj (@PMERJ) May 4, 2025
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