VÍDEO – Milhares de professores invadem Alep contra privatização de escolas no Paraná

Professores protestam contra privatização de escolas na ALEP. Foto: reprodução

Nesta segunda-feira (3), milhares de professores, estudantes e sindicalistas, organizados pela APP Sindicato, entraram na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) em protesto contra o projeto de lei que propõe a terceirização da gestão administrativa das escolas estaduais. O presidente da ALEP, deputado estadual Ademar Traiano (PSD), suspendeu a sessão legislativa devido à ação dos sindicalistas, mas remarcou a votação para as 17h, de forma remota.

A Polícia Militar do Paraná (PMPR), por meio do Batalhão de Choque, tentou com violência impedir que os professores e estudantes acessassem o plenário. Parte dos manifestantes conseguiu entrar nas galerias após portas de vidro do prédio serem quebradas. As imagens não mostram se sindicalistas ou policiais desferiram os golpes que romperam a barreira.

Inicialmente, os manifestantes derrubaram o portão de acesso principal da ALEP e ocuparam a rampa para tentar entrar no plenário. Outra parte tentou acessar o prédio pela entrada principal, mas foi contida pela PM com o uso de bombas de efeito moral e gás de pimenta, forçando o grupo a recuar.

Em vídeos que circulam pelas redes sociais, é possível ouvir os manifestantes entoando gritos contra a proposta e contra o governador do Paraná, Carlos Massa “Ratinho” Junior (PSD): “Rato, ladrão, tira a mão da educação”, cantavam na ALEP.

Mesmo com a sessão suspensa, os manifestantes continuam ocupando as galerias e as rampas do prédio da ALEP, prometendo permanecer no local o tempo necessário para evitar a votação do projeto. O objetivo do grupo é pressionar os deputados a retirarem de pauta o Programa Parceiros da Escola, que prevê a terceirização da gestão administrativa das escolas estaduais.

Apesar do clima hostil, Ratinho Junior, afirmou que a adesão à greve dos professores da rede estadual é muito baixa. Em entrevista ao Portal Nosso Dia, o governador criticou a greve, alegando que tem motivações políticas e não beneficia a educação do estado.

“A greve é ilegal, com baixíssima adesão, e a maioria dos alunos está com aulas normais. Isso mostra a maturidade dos professores em entender que os sindicalistas fizeram um monte de fake news sobre o projeto. Este programa já aconteceu na Inglaterra, no Canadá, e vai modernizar a educação, para ajudar o professor a não ficar cuidando de lâmpada apagada, descarga que não funciona no banheiro”, afirmou o bolsonarista.

O governador também explicou a urgência na tramitação do projeto, enfatizando a necessidade de sua aprovação para que entre em vigor no próximo ano. “Regime de urgência porque é algo importante. Temos até novembro para a consulta aos pais, para entrar em funcionamento no ano que vem, por isso essa necessidade. E os pais podem enviar os filhos às escolas, porque a adesão à greve está baixíssima. Os professores sabem que é uma greve política”, concluiu.

Enquanto isso, a tensão permanece alta na ALEP, com manifestantes determinados a impedir a aprovação do projeto de terceirização da gestão administrativa das escolas estaduais. A sessão remota marcada para as 17h promete ser decisiva no desenrolar deste conflito.

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