Chefe da AGU cita Bíblia contra populismo penal de Tarcísio e Zema: ‘Não matarás’

O advogado-geral da União, Jorge Messias. Foto: Renato Menezes/AGU

Jorge Messias, o advogado-geral da União, citou um trecho da Bíblia para criticar a política penal dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). Evangélico, ele citou o mandamento bíblico “não matarás” para criticar os políticos bolsonaristas.

“Populismo penal, à semelhança do que se observou em tempos bíblicos, mata inocentes, mas não reduz a criminalidade. A violência deve ser combatida por uma política de segurança eficiente, com uma polícia equipada, organizada e valorizada”, escreve no X (ex-Twitter).

Ele compartilhou um editorial do jornal Estadão sobre o tema, que criticou governadores por proposta de aumento do tempo de prisão de criminosos. Em seu post, Messias cita o capítulo 23 do livro de Lucas, na Bíblia.

“É preciso também ter capacidade para construir políticas públicas que levem ao povo Esperança na forma de emprego, habitação, saúde e educação. Saúdo o Programa Pé-de-meia, lançado nessa nesta semana pelo presidente Lula. Vamos lembrar que a insegurança pública é irmã da insegurança alimentar. Vamos virar esse jogo unindo, e não dividindo nosso povo. Paz e Bem!”, completa.

A publicação foi feita após uma comitiva de governadores do Sudeste e do Sul ir a Brasília para pedir medidas de endurecimento do combate à criminalidade. Além de Zema, Tarcísio e Leite, conversaram com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, os governadores do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), e do Rio, Cláudio Castro (PL).

Entre as medidas solicitadas estão a criação de critérios para um juiz poder soltar um suspeito em audiência de custódia, permissão para que policiais realizem prisões em flagrante com base em “elementos subjetivos” e tornar homicídios cometidos por facções criminosas como qualificados, aumentando o tempo de prisão.

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