Fisiculturista bielorrusso morto de infarto aos 35 era neonazista

Illia “Golem” Yefimchyk. Foto: Divulgação

A morte do fisiculturista bielorrusso Illia “Golem” Yefimchyk, confirmada neste sábado (14), suscitou discussões nas redes sociais não apenas por sua impressionante trajetória no fisiculturismo, mas também pelo fato de ele ser um notório neonazista, com envolvimento em fóruns e manifestações de extrema-direita.

Illia Yefimchyk, que tinha 35 anos, com seus 1,85 metros de altura e cerca de 160 quilos, era considerado uma das figuras mais marcantes do fisiculturismo. Suas rotinas de treino e sua dieta, que chegava a mais de 16 mil calorias diárias, foram amplamente divulgadas em suas redes sociais.

Ele era capaz de levantar pesos impressionantes, como 272 quilos no supino e 317 quilos no levantamento terra, de acordo com a revista Men’s Health. Inspirado por ícones hollywoodianos como o personagem Rambo, interpretado por Sylvester Stallone, Yefimchyk buscava o físico de um “monstrão”, como ele mesmo definia.

Yefimchyk, além de fisiculturista, era um neonazista conhecido por disseminar símbolos e mensagens de ódio. O atleta frequentemente vestia roupas com emblemas nazistas estilizados e compartilhava em suas redes sociais imagens e mensagens que glorificavam a supremacia branca e o neonazismo.

Uma análise cuidadosa de suas postagens e vestimentas já revelava sua inclinação: a águia estilizada, um dos símbolos nazistas mais evidentes, aparecia em muitas de suas roupas. Além disso, ele promovia sua própria marca de roupas, cuja tipografia e estilo remetem diretamente à estética de bandas neonazistas, como a Screwdriver, fundada por Ian Stuart Donaldson, criador do grupo neonazi Blood and Honour.

Illia “Golem” Yefimchyk. Foto: Divulgação

Yefimchyk também ostentava, com orgulho, o número “88” — um código amplamente reconhecido como referência à saudação “Heil Hitler” (H é a oitava letra do alfabeto). Se não bastasse, seu perfil no Instagram, atualmente privado, é seguido por líderes do Blood and Honour, uma organização neonazista internacional que defende a supremacia branca.

A imprensa, porém, falou pouco sobre essa face de Yefimchyk, descrevendo sua morte como uma perda e ignorando o fato de que ele propagava uma ideologia de ódio que fomenta violência e discriminação. Foi o caso do Uol, entre outros.

É preciso lembrar que figuras como Yefimchyk não são meramente atletas ou celebridades da internet, mas sim indivíduos que utilizam sua visibilidade para disseminar mensagens de intolerância e ódio.

A cobertura jornalística de eventos como a morte de Yefimchyk não deve ser tratada de forma leviana. Embora o impacto físico e esportivo de sua trajetória seja inegável, é imprescindível contextualizar e informar o público sobre quem realmente foi esse indivíduo. Ignorar sua faceta neonazista é desinformar, e isso é perigoso, especialmente em tempos em que ideologias extremistas estão em ascensão ao redor do mundo.

A morte de Illia Yefimchyk não é uma perda para o esporte, tampouco deve ser tratada com pesar. Ao contrário, o mundo ficou um pouco melhor com sua partida.

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