Foragido na Argentina, golpista de 8/1 sobrevive vendendo pastel e caldo de cana

Foragido do 8 de janeiro vende pastel na Argentina. Foto: Agência O Globo

Enquanto a Comissão Nacional de Refugiados (Conare) da Argentina analisa os pedidos de refúgio de cerca de 200 brasileiros acusados de participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, alguns seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro que se refugiaram no país vizinho procuram formas de sustento. Entre eles está Ueliton Guimarães. Lá, ele vende pastéis, coxinhas e caldo de cana.

Guimarães teria compartilhado sua situação pessoal com alguns clientes do restaurante, relatando detalhes sobre sua vida desde os acontecimentos de janeiro. Segundo os frequentadores, o brasileiro contou que passou meses preso no Brasil e chegou a usar tornozeleira eletrônica antes de decidir se mudar para a Argentina. Ele solicitou refúgio à Conare e, enquanto aguarda o processo, permanece seguro contra deportação, protegido pelas leis argentinas.

De acordo com informações do Globo, clientes revelaram que ele evita discussões políticas e opta por manter uma rotina discreta, embora em alguns momentos compartilhe sua história de vida e os desafios enfrentados. Pelo 8 de janeiro, Ueliton é acusado de crimes como associação criminosa, abolição violenta do Estado de Direito, tentativa de golpe de Estado e ameaça grave, entre outros, conforme processo aceito pelo STF em maio de 2023.

Além de sua rotina de trabalho no restaurante, Guimarães encontrou na religião um alicerce para lidar com os desafios do exílio. Em seu perfil no Instagram, onde se apresenta como fotógrafo e compartilha postagens de orações e reflexões religiosas. O local onde trabalha, chamado “El Misio”, vende pastel e caldo de cana a 1.500 pesos, atraindo uma clientela de brasileiros que buscam matar a saudade das comidas típicas.

Bolsonaristas durante o ataque de 8 de janeiro de 2023. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Argentina tem sido vista como um refúgio seguro para brasileiros envolvidos nos atos golpistas, especialmente após a aliança entre o presidente eleito, Javier Milei, e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Embora a Conare tenha autonomia e não deva sofrer influência política, a proximidade entre os líderes fortalece o sentimento de segurança para aqueles que buscam refúgio no país, como Guimarães, que vive sem grandes preocupações com sua situação legal no momento.

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