Equipe da PF vai aos EUA para finalizar inquérito das joias de Bolsonaro

Joias recebidas por Bolsonaro ficaram retidas em aeroporto. Foto: reprodução

A equipe da Polícia Federal planeja uma viagem aos Estados Unidos para investigar as transações relacionadas a joias envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus associados, como o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e seu pai, o general Mauro Lourena Cid.

Prevê-se que a viagem ocorra ainda neste mês, sendo esta uma etapa crucial para a conclusão das investigações no Brasil.

Desde o ano anterior, após um pedido de cooperação internacional feito pela PF ao governo dos EUA, o FBI começou a colaborar com as autoridades brasileiras nas investigações sobre a venda de joias e outros itens de luxo recebidos pelo ex-presidente. O acordo, conhecido como Tratado de Assistência Jurídica Mútua, está em vigor.

As joias enviadas pelo governo da Arábia Saudita para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foram avaliadas em R$ 5.602.897,30 pela Receita Federal, conforme reportagem da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

As investigações revelaram que Bolsonaro e seus colaboradores retiraram do país, a bordo do avião presidencial, pelo menos outros quatro conjuntos de bens recebidos durante viagens internacionais enquanto ele era chefe de Estado.

A família Bolsonaro e Mauro Cid possuem contas bancárias nos Estados Unidos, que podem ter sido utilizadas nessas transações, de acordo com fontes familiarizadas com as investigações ouvidas pela Folha.

O tenente-coronel Mauro Cid ao lado do ex-presidentre Jair Bolsonaro. Reprodução

Além disso, a loja e a casa de leilões onde as joias foram negociadas estão localizadas no país. O objetivo é mapear quem frequentou esses estabelecimentos desde o início das transações e para quem os valores das vendas foram repassados.

Uma das caixas de joias dadas a Bolsonaro pela Arábia Saudita foi posta à venda por uma boutique de luxo em Nova York no ano passado. Em agosto, Bolsonaro e Michelle optaram por permanecer em silêncio diante dos investigadores quando foram intimados a prestar depoimento simultaneamente sobre o caso.

O inquérito sobre as joias será o segundo concluído pela PF que envolve Bolsonaro. Os investigadores também planejam finalizar uma investigação relacionada a uma suposta conspiração do ex-presidente e seus aliados para impedir a posse de Lula até meados deste ano.

Além disso, em março, a PF indiciou Bolsonaro, Mauro Cid, o deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ) e outras 14 pessoas em um caso de falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19.

A investigação apontou suspeitas de crimes como inserção de dados falsos em sistema público e associação criminosa, sugerindo que a fraude poderia estar vinculada a uma tentativa de golpe de Estado para evitar a posse de Lula.

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