VÍDEO – Mãe de estudante de medicina morto por PM cobra Tarcísio: “Permite que a polícia mate os cidadãos”

Mulher de roupa amarela cercada por dois homens na rua, de costas
Família de Marco Aurélio Cardenas Acosta – Reprodução/UOL

Silvia Mônica Cardenas Prado, mãe de Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina de 22 anos que foi morto pela Polícia Militar de São Paulo nesta quarta-feira (20), concedeu uma entrevista ao Tá na Hora, programa do SBT, e cobrou explicações do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“Isso é o fracasso do governador de São Paulo, que permite que a polícia mate seus cidadãos, cidadãos decentes. Me coloco no lugar de todos. Mesmo que o menino fosse um ladrão, o que não era, não era para a polícia atirar desse jeito. É um fracasso total, senhor governador. Tenha decência, dignidade, seja homem para me pedir desculpas porque a dor que eu sinto vai ser até o dia da minha morte”, lamentou ela.

O jovem foi morto por um policial militar durante uma abordagem na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Ele estava no quinto ano de medicina na Universidade Anhembi Morumbi, sonhava em se tornar pediatra e vinha de uma família dedicada à medicina.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o irmão dele, Frank Cardenas, de 27 anos, médico cirurgião, o descreveu como “uma boa pessoa, com um bom coração”: “Ele era uma boa pessoa, com um bom coração. Um filho amado e que ainda assim conseguia amar ainda mais seus pais”.

A família de Marco é composta por médicos: além de Frank, outro irmão e os pais também atuam na área: “Nossa vida acabou hoje, nossa alegria se foi com ele. Mas, se eu pudesse dizer a principal característica, é que ele era muito carinhoso, um excelente filho. Era o único que ligava todos os dias para minha mãe no plantão. E era meu melhor amigo, a pessoa que eu mais amava nesse mundo”.

O episódio ocorreu por volta das 2h da manhã. Segundo a versão oficial, uma equipe da PM patrulhava a Rua Cubatão quando foi acionada para atender a ocorrência envolvendo Marco. O estudante, supostamente agressivo, teria dado um tapa no retrovisor da viatura durante a abordagem. Ele correu em direção a um hotel próximo, sendo perseguido pelos policiais.

Dentro do hotel, o rapaz teria entrado em confronto com os agentes, derrubando um deles. O outro policial efetuou um disparo que atingiu o estudante no abdômen. Ele foi levado ao Hospital Ipiranga, mas não resistiu após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias e faleceu às 6h40.

A Polícia Militar e a Polícia Civil abriram investigações para apurar o caso. A Secretaria de Segurança Pública informou que os policiais envolvidos prestaram depoimento, foram indiciados e afastados das atividades operacionais enquanto as apurações seguem.

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