Polícia de Tarcísio e Derrite cometeu 1 em cada 4 assassinatos em SP

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes. Foto: Reprodução

Durante a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, as polícias de São Paulo foram responsáveis por um em cada quatro (23,9%) assassinatos no estado. Os números foram contabilizados entre janeiro e fevereiro de 2024.

No total, as polícias Civil e Militar de São Paulo mataram 676 pessoas no período, número que representa uma alta de 66% na relação com os mesmos meses no ano passado. A quantidade de casos supera os anos inteiros de 2021, 2022 e 2023.

Só em outubro deste ano foram 96 vítimas, uma média de três mortos por dia e um aumento de 190% na relação com o mesmo mês do ano passado (33). As mortes cometidas em serviço subiram de 308 para 572 (um aumento de 85,7%) no total.

Também houve um aumento no número de assassinatos por policiais de folga (de 99 em 2023 para 104 em 2024). A morte de Gabriel Renan (26), sobrinho do rapper Eduardo Taddeo (ex-membro do grupo Facção Central), não entra nessa estatística.

Ele foi morto a tiros pelas costas no início de novembro pelo PM Vinícius de Lima Britto em uma unidade do mercado OXXO no Jardim Prudência, zona sul de São Paulo. Na ocasião, o agente alegou que a vítima teria feito ameaças e dito que estava armada, mas vídeo publicado pela família do jovem desmente a versão.

A gestão Tarcísio tem sido marcada por operações extremamente letais, como a Escudo, na Baixada Santista, que deixou 28 vítimas entre julho e setembro de 2023, e a Verão, que matou 56 pessoas entre janeiro e março de 2024.

Outro caso que não entra na estatística é o de jovem jogador do alto de uma ponte por PM nesta segunda (2) na Cidade Ademar, zona sul de São Paulo.

Apesar da piora nos indicadores, o governo de São Paulo tem tentado blindar agentes. Em julho deste ano, a pasta de Derrite determinou que policiais militares suspeitos de cometer crimes como agressão, corrupção ou adulteração de cena de crime só poderiam ser afastados pelo subcomandante da corporação.

Mesmo assim, Tarcísio e Derrite criticaram os episódios e prometeram punições “severas” aos envolvidos no assassinato do sobrinho do rapper e do homem jogado de ponte.

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