53% dos paulistas acham a PM de Tarcísio excessivamente violenta

Policiais de SP com armamento pesado para reprimir manifestações. Foto: reprodução

Uma pesquisa Genial/Quaest, divulgada na última quinta-feira (10), revela que 53% dos paulistas acreditam que a Polícia Militar de São Paulo faz uso excessivo da força em suas abordagens. O levantamento surge em meio a críticas à corporação, intensificadas por episódios recentes de violência policial, como o caso de um homem arremessado de uma ponte por um PM e o assassinato de um homem que furtou produtos de limpeza com 11 tiros pelas costas.

Por outro lado, 42% dos entrevistados consideram que os casos de violência policial são isolados e que, em geral, os agentes agem conforme a lei. Outros 5% não souberam ou não responderam.

A pesquisa indica uma relação entre a percepção de violência policial e a avaliação da gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Entre os que aprovam positivamente o governo, 41% acreditam que há excesso de força pela PM, enquanto 55% consideram que os casos são isolados.

Porém, entre aqueles que desaprovam a gestão estadual, 76% enxergam um padrão de uso excessivo da força pela corporação, e apenas 20% avaliam que os episódios são pontuais.

O levantamento consultou 1.650 pessoas entre os dias 4 e 9 de dezembro, com uma margem de erro de dois pontos percentuais.

Tarcísio de Freitas, governador de SP, com broche de fuzil na gravata. Foto: reprodução

Diante da pressão pública e da repercussão negativa de episódios de violência, o governador bolsonarista deve anunciar uma série de medidas para reformular a política de segurança pública no estado. A gestão da Secretaria de Segurança Pública, liderada por Guilherme Derrite, tem sido alvo de críticas, e as mudanças prometem ser uma espécie de intervenção branca na pasta.

Entre as ações previstas está a ampliação do uso de câmeras corporais pelos policiais militares. Antes crítico à tecnologia, Tarcísio revisou sua posição, admitindo que estava errado ao rejeitar o equipamento.

Outras medidas incluem o acompanhamento psicológico de policiais, a ampliação de treinamentos para o uso de armas não-letais e a capacitação em abordagens diferenciadas. A expectativa é que essas ações reduzam os índices de violência e melhorem a relação entre a corporação e a sociedade.

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