Mart’nália fala sobre homosexualidade e se diz surpresa com velhice: “Não achei que fosse chegar”

Mart’nália (Divulgação)
Foto: Mais Novela

Mart’nália, prestes a completar 60 anos, celebra a liberdade e a leveza com que encara a vida e rejeita qualquer tipo de rótulo. Filha do sambista Martinho da Vila e da professora Anália, a artista está lançando um projeto que resgata clássicos do pagode dos anos 1990. “Minha empresária, Marcinha Alvarez, sonhou que eu tocava pagode e pensamos: ‘Bora gravar’. Convidei meu pai para cantar ‘O teu chamego’, do Grupo Raça, e transformamos a música em um chamego de pai e filha. Também chamei Luísa Sonza para ‘Cheia de manias’ e Caetano para ‘Domingo’”, revelou a cantora a revista ELA.

Aos 59 anos, Mart’nália mantém o bom humor ao falar de si mesma. “Sou preguiçosa sim, mas a vida e os boletos não param, a gente tem que trabalhar”, brinca. Segundo ela, essa “preguiça inquieta” a impulsiona a estar sempre lançando novos projetos, mas sem deixar de lado a descontração que a caracteriza. O próprio nome artístico, Mart’nália, nasceu da simplicidade. “Anália, mãe, Martinho, pai. Pronto: Martin’ália.”

A liberdade sempre foi um valor central em sua criação. “Sempre fui gordinha e preferia as roupas do meu primo, porque as da minha irmã apertavam. Cresci sem preconceitos. No samba, nunca teve isso. Hoje, tudo está político demais. Tá até chato. Eu não sou LGBTQIAP+. Eu sou a Martin’ália”, afirmou. Ela também recordou sua infância e as primeiras descobertas sobre sua sexualidade: “Nas brincadeiras de ‘Pera, uva e maçã’. Brincava que era menino e acabava beijando as meninas”.

Martinho da Vila e a sambista. Foto: Reprodução

Mart’nália admite que não esperava chegar aos 60 anos, especialmente porque sua mãe faleceu cedo, aos 52, vítima de câncer. Apesar disso, a idade não a preocupa. “A idade não me grila. Só lembro dela quando me perguntam. Tem menopausa, irritação, suadeira. Mas você lembra que está vivo. Então, está bom”, contou. Ela também brinca sobre a passagem do tempo: “A de 20 tinha mais coluna, e a de 40 podia beber mais. Agora, bebo uma cerveja e preciso de um dia para dormir”.

Com relação à libido, Mart’nália encara a questão com naturalidade e maturidade. “Quando você tem muita, tem que segurar. Se tem pouca, vai atrás. Com a idade, tudo anda meio junto, deixa de ser só o interesse pela pegação. Você vai selecionando melhor.” Para ela, o mais importante é manter o equilíbrio e seguir com leveza.

Para o Carnaval de 2025, a sambista já tem planos bem emocionantes. Seu sobrinho, Raoni, venceu o samba-enredo da Vila Isabel, e Mart’nália estará lá para apoiar. “Sempre digo que vou ficar quieta, mas não dá. Somos muito família. Vou ficar lá chorando do lado da minha bateria. Isso é um legado que nunca pensei que fosse ver. Vai ser demais!”, concluiu.

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