Manuela d’Ávila diz que decisão da Meta representa “explícita ameaça” à democracia

Manuela D’Ávila no Instituto ‘E Se Fosse Você?’, em Porto Alegre. Foto: Luiza Castro/Sul21

Nesta terça-feira (7), a jornalista e ex-deputada federal Manuela d’Ávila (PSOL) usou as redes sociais para expor o perigo da declaração de Mark Zuckerberg. Mais cedo, o criador do Facebook e CEO da Meta, que também é dona do Instagram e do WhatsApp, acenou para a extrema-direita dos Estados Unidos anunciando que retrocederá medidas de moderação das plataformas para “garantir a liberdade de expressão”. 

Manuela explicou que essa medida aumenta a necessidade de regularizar a internet no Brasil, classificando a ação de Zuckerberg como “um dos maiores fatos políticos do tempo em que vivemos” e uma “explícita ameaça à vida democrática”. Veja:

O anúncio de Zuckerberg não é o mero anúncio de uma nova política de moderação de conteúdo da empresa Meta. O que ele anuncia é um dos maiores fatos políticos – senão o maior – desse tempo em que vivemos.

Eu pesquiso no doutorado as políticas de regulação da internet no mundo e a relação disso com as ideias de liberdade norte-americanas. O que Zuckerberg diz, com todas as letras, é que a liberdade defendida pela extrema direita, as ideias de Trump e Musk, serão as suas e de sua empresa. Ideias que ameaçam instituições e democracias. Ideias de violência e tortura.
para isso, zuck operará em parceria explícita com o governo dos Estados Unidos. E o Velho excepcionalismo americano: a ideia de um povo predestinado a salvar todos os povos. O custo disso testemunhamos com as guerras promovidas por esse Império, o que mais guerreou da história.

O anúncio soa mesmo como uma declaração de guerra ao mundo. Ele menciona China e América Latina e ao se referir a regulação europeia, refere-se a Alemanha, protagonista da construção da regulação daquela região. Ao mencionar o X como sua referência, ele menciona a rede cujo proprietário opera direta e explicitamente ameaças a vida democrática de diversas regiões do planeta.

E um fato imenso. Não errem tentando coloca-lo no âmbito da “internet”. Não imaginem que se trata de algo afeito a comunicação ou moderação de conteúdo. Não subestimem acreditando que pode ser resolvido pelas secretarias de comunicação dos governos. Essa é a agenda central da geopolítica do nosso tempo. Só uma resposta institucional organizada poderá nos permitir enfrentar essa ameaça.

 

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