Professora cobra investigação sobre morte de menino achado degolado e sem mão: “Inadmissível”

Familiares e amigos do estudante Samuel Soares Marques, de 14 anos, que foi encontrado degolado e sem a mão esquerda em uma área de mata, em Samambaia Norte, no Distrito Federal, estão chocados com a brutalidade do crime. A Polícia Civil ainda apura a motivação do homicídio e busca por imagens que possam ter registrado a movimentação de suspeitos. Enquanto isso, a professora Claudia Fontenele, que dava aulas para o garoto, cobrou a devida apuração do caso.

“É inadmissível pensar que isso ocorra com um ser humano. Não tem explicação em como alguém faria algo tão bárbaro assim”, disse a docente, em entrevista ao “Metrópoles”.

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Claudia disse que o garoto era muito querido no Centro de Ensino Fundamental II 206 do Recanto das Emas, onde estudou, e que ninguém sabia do envolvimento dele com questões ilícitas.

“Eu não entendo como ele foi encontrado em Samambaia Norte, sendo que ele era morador do Recanto [das Emas]. Mas ele era uma pessoa boa, ele vinha de um lar carente e passava por dificuldade, mas eu não acredito que ele tenha se envolvido com coisas erradas”, disse a professora.

“A gente espera que [as autoridades policiais] façam alguma coisa. Só porque ele era uma criança preta, uma criança pobre, ele não merecia isso. Uma morte dessas não pode passar impune”, ressaltou Claudia, que postou um vídeo nas redes sociais mostrando Samuel na escola (veja abaixo):

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Uma publicação compartilhada por Cláudia Fontenele (@fontenelealves)

Relembre o caso

O corpo de Samuel foi encontrado na terça-feira (7) em uma área de mata em Samambaia Norte. Conforme o boletim de ocorrência, momentos antes, testemunhas viram um carro se aproximando da área.

A suspeita é que os ocupantes tenham deixado a vítima no local momentos antes, já que, apesar de estar degolado e sem uma das mãos, ainda não havia sinais de decomposição.

O homicídio foi registrado na 26ª Delegacia de Polícia de Samambaia Norte. Os policiais buscam imagens de câmeras de segurança que possam ter registrado a movimentação dos suspeitos e apuram a motivação da execução do adolescente.