Órgão diz que argumento de Zuckerberg para justificar fim de checagem é ‘falso’

Fundador da Meta, Mark Zuckerberg, em close, falando, sério, sem olhar para a câmera
O fundador da Meta, Mark Zuckerberg – Divulgação

O argumento de censura apresentado por Mark Zuckerberg, fundador da Meta, para justificar o encerramento do programa de verificação de fatos nos Estados Unidos, foi classificado como “falso” pela International Fact-Checking Network (IFCN). A rede, que reúne 137 organizações, incluindo a AFP, divulgou sua posição na quinta-feira (9). Com informações do UOL.

“É falso e queremos restabelecer a verdade, tanto para o contexto atual quanto para a história”, pontuou a IFCN.

Decisão polêmica da Meta

Na última terça-feira (7), a Meta — responsável pelas plataformas Facebook, Instagram e WhatsApp — anunciou o fim do programa de verificação de fatos nos Estados Unidos. A decisão marca uma reviravolta significativa na política de moderação de conteúdo da empresa e parece alinhar-se com as prioridades do recém-eleito presidente dos EUA, Donald Trump.

Zuckerberg justificou a decisão alegando que os verificadores de fatos se tornaram “politizados demais”, o que, segundo ele, contribuiu para a redução da confiança pública em vez de fortalecê-la. Ele afirmou que o objetivo agora é “restaurar a liberdade de expressão” nas plataformas da Meta.

Mark Zuckerberg sério, levantando a mão direita
Mark Zuckerberg – Divulgação

Impacto global preocupa organizações

Embora a mudança afete inicialmente apenas os Estados Unidos, a IFCN destacou os riscos globais associados a uma possível expansão da medida. O programa de verificação de fatos da Meta opera em mais de 100 países, incluindo regiões altamente vulneráveis à disseminação de desinformação.

“Alguns desses países são altamente vulneráveis à desinformação que incentiva a instabilidade política, a interferência eleitoral, a violência popular e até mesmo o genocídio. Se a Meta decidir interromper o programa em todo o mundo, isso quase certamente causará danos reais em muitos lugares”, alertou a IFCN em comunicado.

Colaboração com verificadores de fatos

Atualmente, o Facebook remunera cerca de 80 organizações ao redor do mundo, incluindo a AFP, para realizar verificações de conteúdo em suas plataformas, abrangendo 26 idiomas. O trabalho também inclui publicações no Instagram e no WhatsApp.

A possibilidade de interrupção dessa parceria global levanta preocupações sobre a capacidade das plataformas de combater a desinformação em um momento crítico para a democracia e a estabilidade política em várias nações.

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