Queiroz, das “rachadinhas” e amigo de Flávio, é nomeado subsecretário com salário de mais de R$ 10 mil

Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro posando lado a lado
Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro – Reprodução/Redes Sociais

Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e figura central no polêmico caso de “rachadinha”, foi nomeado subsecretário de Segurança e Ordem Pública da prefeitura de Saquarema, no interior do Rio de Janeiro. Com informações do jornal O Globo.

A nomeação foi oficializada no Diário Oficial na segunda-feira, após a posse da prefeita Lucimar Vidal (PL), que obteve apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições municipais de 2024.

O cargo de subsecretário foi criado pela gestão da prefeita, mas nem a portaria que nomeou Queiroz nem a lei que criou a função informam sobre a remuneração.

A função é classificada como um Cargo Comissionado do Executivo (CCE) de nível 15, o mais alto da categoria. Embora a remuneração exata não tenha sido divulgada, estimativas indicam que o ex-assessor deve receber mais de R$ 10 mil mensais, valor comumente destinado aos ocupantes de CCE-14.

Atribuições e responsabilidades do cargo

De acordo com a prefeitura de Saquarema, o cargo de Queiroz tem como responsabilidade “auxiliar o secretário da pasta na gestão administrativa, na formulação, coordenação e supervisão das políticas de segurança e ordem pública”. O objetivo é garantir a implementação eficiente de ações estratégicas, a integração entre as forças de segurança e o atendimento às demandas municipais relacionadas à proteção e bem-estar público.

Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro sorrindo lado a lado
Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro – Reprodução/Redes Sociais

Histórico político de Fabrício Queiroz

Fabrício Queiroz tentou uma carreira política, lançando-se candidato à Câmara Municipal de Saquarema nas eleições de 2024. Embora não tenha sido eleito, obtendo apenas 588 votos, ele ficou como suplente. Anteriormente, em 2022, Queiroz também concorreu a uma vaga de deputado estadual no Rio de Janeiro, mas obteve apenas 6,7 mil votos e não foi eleito.

Em 2024, Queiroz recebeu apoio explícito de Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Flávio gravou um vídeo ao lado do ex-assessor, em que declarou apoio à sua candidatura e afirmou que Queiroz foi vítima de perseguições políticas, acusando-o de ser usado como alvo em tentativas de prejudicar a família Bolsonaro.

O caso das rachadinhas e as investigações

O nome de Queiroz ficou marcado por sua ligação com o esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj. Em 2020, o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou Queiroz e outros envolvidos por supostos desvios de dinheiro. A defesa de Flávio Bolsonaro conseguiu anular a ação com base em erros processuais, e o caso nunca foi julgado.

A investigação teve início com um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que identificou movimentações atípicas de R$ 1,2 milhão nas contas de Queiroz. Na época, ele alegou que os valores eram provenientes de “rolos” com a venda de carros.

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