Entenda o que é tumor no pâncreas, condição enfrentada por Léo Batista

O apresentador da TV Globo, Léo Batista, de 92 anos. Foto: Reprodução/Instagram

Léo Batista, de 92 anos, está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Rios D’Or, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, desde o último dia 6.

O apresentador da TV Globo deu entrada no hospital devido a um quadro de desidratação e dor abdominal. Entretanto, um boletim médico divulgado na tarde desta sexta-feira (17) revelou que o jornalista está com um tumor no pâncreas.

O hospital não informou se o tumor é benigno ou maligno. Há quatro tipos de tumores benignos no pâncreas, são eles:

  • Neoplasias císticas serosas: conhecidas como cistoadenomas serosos, são tumores com cistos preenchidos por líquidos. Geralmente não precisam de tratamento, a menos que sejam grandes ou provoquem sintomas.
  • Neoplasias císticas mucinosas: são cistos preenchidos por uma substância gelatinosa (mucina), que podem se tornar malignos se não forem tratados. Esses tumores quase sempre ocorrem em mulheres.
  • Neoplasia mucinosa papilar intraductal: produz mucina e pode evoluir para câncer se não for tratado.
  • Neoplasia pseudopapilar sólida: são tumores raros, de crescimento lento e que também quase sempre ocorrem em mulheres jovens.

O câncer de pâncreas costuma ser silencioso quando está no início, mas pode apresentar sintomas como pele amarelada (icterícia), urina escura (colúria), fadiga, alta de apetite, perda de peso e dor no abdômen superior e costas.

Pele amarelada e sangramento no estômago ou intestino são os dois sintomas graves mais associados ao diagnóstico de adenocarcinoma ductal pancreático (ADP), o tipo mais comum de câncer de pâncreas. Já os tumores neuroendócrinos pancreáticos (TNE-P) são a forma mais rara de câncer pancreático.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), entre 10% e 15% dos casos decorre de fatores de risco hereditários. Outros fatores de risco para o câncer de pâncreas são: tabagismo; sobrepeso e obesidade; diabetes mellitus e pancreatite crônica não hereditária.

A idade também pode ser considerada um fator de risco. Raro antes dos 30 anos, o câncer de pâncreas é mais comum a partir dos 60, especialmente em homens.

O câncer de pâncreas é um dos seis mais letais devido ao diagnóstico tardio e à natureza agressiva dos tumores. Segundo o Inca, o câncer de pâncreas é responsável por 5% do total de mortes relacionadas à doença.

O tratamento varia conforme o estágio da doença, com a cirurgia sendo a melhor opção quando o tumor está localizado. No entanto, é possível fazer um tratamento com quimioterapia.

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