Ofensiva eleitoral: extrema direita se reúne na Hungria em articulação para pleitos pelo mundo

Primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban. Foto: reprodução

A extrema direita mundial se reuniu na Hungria nesta semana para o CPAC, a principal conferência ultraconservadora global, transformada em plataforma para uma ofensiva eleitoral. Com ataques diretos contra o movimento LGBTQI+, ONGs, imprensa e imigrantes, o evento visa articular posições estratégicas para as eleições de 2024, conforme informações do colunita Jamil Chade, do UOL.

Entre os convidados destacam-se o deputado Eduardo Bolsonaro, herdeiros do franquismo na Espanha, aliados de Donald Trump, candidatos americanos, deputados paraguaios, membros da equipe de Javier Milei, um ministro israelense e partidos xenófobos da Itália, Eslovênia, Polônia, França, Alemanha, Áustria e Holanda.

O discurso mais aguardado foi o do primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, referência do bolsonarismo, que convocou para vencer eleições ao redor do mundo. “Vamos ter eleições pelo mundo e elas terão de ser vencidas”, conclamou o anfitrião húngaro.

O foco está nas eleições para o Parlamento Europeu em junho, onde a extrema direita se destaca em quatro dos seis países fundadores da UE, e na eleição americana, buscando o retorno de Trump à Casa Branca.

Primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, discursa durante sessão da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) em Budapeste
Viktor Orban discursa durante sessão da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) em Budapeste. Foto: Attila Kisbenedek/AFP

Orbán enfatizou a importância dessas votações em meio a uma mudança geopolítica significativa, propondo uma “ordem mundial de soberania” e uma “era mundial da soberania”, priorizando o interesse nacional sobre ONGs e intelectuais suspeitos.

Para Orbán, é assim que o “Ocidente voltará a ser grande de novo”. “Estamos diante de eleições. Vamos falar como os liberais trouxeram caos e querem erradicar nossas famílias e acabar com nações”, declarou.

Os discursos também abordaram a instrumentalização da Justiça para reprimir partidos de extrema direita, com Orbán mencionando casos como Trump nos EUA e a Hungria nas cortes europeias. A questão da imigração também foi destacada, com Orbán insinuando um aumento da criminalidade relacionada à chegada de estrangeiros.

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