Tecnologia é aliada na inclusão fashion de pessoas gordas e pessoas com deficiência

A população brasileira é formada em quase 25% por pessoas com alguma deficiência. Esse percentual corresponde a cerca de 45 milhões de brasileiros, de acordo com dados do IBGE. Por outro lado, as pessoas com obesidade ou sobrepeso representam mais da metade da população adulta, com 56% (34% com obesidade e 22% com sobrepeso), segundo estudo de pesquisadores da UNIFESP.

Apesar de representarem uma grande parcela da sociedade, esses grupos encontram muita dificuldade em se vestir — uma necessidade básica. Pesquisa divulgada pela MindMiners apurou que 55% das pessoas com deficiência disseram ter dificuldade em comprar roupas; entre as pessoas com obesidade e sobrepeso, 61% revelaram ter problemas para encontrar vestuário em lojas convencionais. Wagner Heckert, head de Marketing da Audaces, aponta que a discussão sobre moda inclusiva ganhou força nos últimos anos com o aumento da conscientização sobre a diversidade e a representatividade no setor.

“Os consumidores estão mais exigentes e buscam marcas que compreendam suas necessidades específicas, seja em termos de tamanho, mobilidade ou estilo de vida. A moda inclusiva é essencial hoje porque reflete uma mudança cultural em direção à inclusão e à igualdade, além de representar uma oportunidade de crescimento para marcas que desejam se conectar de forma mais autêntica com seus consumidores”, explica.

O executivo aponta a falta de padronização nos tamanhos, a dificuldade de adaptar modelagens convencionais para diferentes corpos e a necessidade de maior conhecimento técnico por parte dos profissionais da moda como alguns dos obstáculos para uma moda mais inclusiva. Heckert destaca também que há uma certa resistência de algumas empresas em investir em tecnologia e treinamento para adaptar seus processos à nova realidade da moda inclusiva, sendo este um ponto de atenção na indústria da moda.

Dados da Associação Brasil Plus Size (ABPS) indicam que o segmento de moda para números maiores possui uma perspectiva positiva de crescimento, de 10% ao ano. Neste cenário de oportunidades, a tecnologia tem sido uma ferramenta facilitadora desse movimento de inclusão fashion observado pelo mercado. Soluções como o Audaces Moldes permite que estilistas e modelistas criem roupas adaptadas a diferentes biotipos e necessidades com precisão e rapidez. A solução de Moldes automatiza o processo de criação, desenvolvimento e modelagem, permitindo criações detalhadas de peças e facilitando a adaptação para diferentes tipos de corpos. Já o Audaces Fashion Studio possibilita a simulação e o desenho de peças em diferentes corpos, auxiliando na criação de coleções que atendam à diversidade física dos consumidores, promovendo uma moda mais inclusiva desde o desenho até a produção.

Customizar para incluir e aproveitar as oportunidades do mercado

Com a crescente demanda por roupas que atendam a diferentes corpos, as marcas que investem em moda inclusiva terão uma vantagem competitiva. Neste cenário, a customização em massa será uma grande tendência, prevê Wagner. “O uso de scanners corporais para obter medidas detalhadas e criar roupas sob medida também deve crescer. Quanto à demanda do consumidor, veremos um aumento na procura por marcas que não apenas oferecem tamanhos diversificados, mas também levam em consideração questões como mobilidade, conforto e funcionalidade, impulsionando ainda mais a moda inclusiva”, destaca.

As marcas que ainda não incorporaram práticas de moda inclusiva têm uma grande oportunidade de se destacar ao atender a uma demanda reprimida. A entrada nesse mercado pode ser facilitada por meio de soluções tecnológicas que otimizem o processo de criação e produção de peças adaptadas a diferentes corpos. “Customizar as modelagens para uma produção em massa inclusiva e a necessidade de manter a qualidade e o ajuste perfeito para diferentes corpos são alguns dos desafios que as marcas enfrentam ao entrar nesse segmento.

A Audaces supera esses desafios ao oferecer ferramentas que automatizam a criação de modelos precisos e permitem ajustes em tempo real, garantindo a personalização sem comprometer a eficiência produtiva. Além disso, a integração com soluções de CAD e automação garante que as marcas consigam escalar suas operações sem perder o foco na inclusão”, finaliza Heckert.

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