Governo Trump autoriza prisão de imigrantes ilegais em escolas e igrejas nos EUA

As autoridades de imigração dos Estados Unidos agora podem entrar em escolas, instalações de saúde e locais de culto para realizar prisões, de acordo com uma nova política do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês).

“Criminosos não poderão mais se esconder nas escolas e igrejas da América para evitar a prisão”, afirmou um porta-voz do DHS em um comunicado. “O governo Trump não amarrará as mãos de nossas corajosas forças de segurança e, em vez disso, confia na capacidade delas de usar o bom senso.”

A norma, que abrange agentes do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE, na sigla em inglês) e da Alfândega e Proteção de Fronteiras, revoga uma orientação do governo Biden que criava “áreas protegidas”, locais onde “crianças se reúnem, locais de ajuda em desastres ou emergências e estabelecimentos de serviços sociais.”

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A diretriz da era Biden determinava que operações de contra imigração ilegal não deveriam ocorrer dentro ou perto de locais que limitassem o acesso das pessoas a serviços ou atividades “essenciais”.

Uma segunda norma anunciada pelo DHS nesta terça-feira (21) também seguiu uma das ordens executivas do presidente Trump assinadas na noite de segunda-feira (20) para “eliminar todos os programas de liberdade condicional categórica que são contrários às políticas dos Estados Unidos estabelecidas em minhas Ordens Executivas”, incluindo o programa de liberdade condicional humanitária para pessoas da Nicarágua, Cuba, Haiti e Venezuela.

O “czar da fronteira” de Trump, Tom Homan, disse à CNN que “o ICE está de volta ao trabalho, a partir de hoje”, e que os agentes estão focados em imigrantes considerados como uma ameaça à segurança pública.

Homan afirmou que prisões de imigrantes sem antecedentes criminais também podem ser realizadas pelo ICE, especialmente aqueles que vivem em locais “santuário”, cidades onde a polícia local é proibida de ajudar as autoridades federais de imigração.

“Haverá mais prisões colaterais em cidades de santuário porque elas nos forçaram a ir à comunidade e encontrar a pessoa que estamos procurando”, disse Homan.

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