Pipas deixam mais de 1,2 milhões de clientes sem luz na grande São Paulo

Só na primeira quinzena de 2025 já foram registradas 163 ocorrências impactando mais de 91 mil clientes;

Capital paulista concentra o maior número de registros, seguida pelos municípios de Osasco, Carapicuíba, Mauá e Santo André;

 

São Paulo, 24 de janeiro de 2025 – De janeiro a dezembro de 2024, a Enel Distribuidora São Paulo registrou 3.738 casos de falha na rede elétrica em função do contato com pipas na região Metropolitana de São Paulo, um aumento de 21,6% em relação ao mesmo período de 2023. A quantidade de clientes impactados em em 2024 é de 1.288.215, contra 1.235.164 em 2023, alta de 4,2% de um período para o outro.

Confira abaixo os municípios com maior número de ocorrências no período e o número de clientes impactados:

JANEIRO-DEZEMBRO 2024

Cidades

Quantidade de Ocorrências

Clientes Impactados

São Paulo

2.818

1.009.406

Osasco

164

43.098

Carapicuíba

155

27.045

Mauá

80

30.221

Santo André

72

19.770

Itapevi

58

31.052

Embu

56

16.070

Diadema

55

13.681

São Bernardo do Campo

53

12.976

 

Além dos números, a distribuidora alerta: empinar pipas perto da rede elétrica pode causar acidentes graves e até fatais, além de interrupções no fornecimento de energia que impactam milhares de pessoas. Isso porque linhas enroscadas nos cabos podem causar descargas elétricas, curtos-circuitos, desgaste nos fios e até rompimentos, colocando em risco quem está empinando a pipa e podendo causar desligamentos. Episódios assim afetam a distribuição de energia para consumidores, incluindo serviços essenciais.
 

Para garantir que a brincadeira ocorra de forma saudável e com segurança, a Enel Distribuição São Paulo separou algumas dicas importantes para quem gosta dessa prática de empinar pipa:
 

• Na hora de sair para empinar pipa, prefira sempre espaços abertos e afastados de fiações, como parques e campos de futebol;

• Caso a pipa enrosque nos fios, postes ou equipamentos da rede, não tente resgatar o brinquedo, arremessar objetos para derrubá-lo, tampouco utilizar artefatos para içá-lo. Somente técnicos da distribuidora, treinados podem interagir com os cabos, pois exige o uso de equipamentos de segurança e técnicas específicas;

• Materiais metálicos, como o alumínio, não devem ser usados na fabricação da pipa, pois conduzem eletricidade, aumentando a chance de choque elétrico, com risco de morte;

• O mesmo vale para as rabiolas. Evite a utilização de material laminado, que agarram nos fios elétricos, desligando o sistema e provocando descargas, muitas vezes fatais; . O uso de cerol (pó de vidro com cola), além de ser considerado crime, oferece mais um risco: corta os fios de alumínio ou de cobre, o que potencializa choques elétricos;

• O uso da chamada linha chilena, que possui poder de corte quatro vezes maior que o cerol, agrava a situação. O risco de acidentes fatais é alto para pedestres e motociclistas e os danos à rede elétrica também são maiores;

• Crianças devem estar acompanhadas de um adulto responsável no momento da brincadeira.

• Em caso de acidente envolvendo a rede elétrica, o local deve ser isolado para que não haja a aproximação de outras pessoas;

• Se alguém ou algum objeto estiver em contato com fios, não se aproxime até que um profissional qualificado assegure que a energia foi desligada;
• Acione imediatamente o Corpo de Bombeiros, por meio do número 193, e a Enel Distribuição São Paulo, pelo 0800 7272 196

Soltar pipa é divertido, mas a segurança deve sempre vir em primeiro lugar.

Com informações: Kamila Malynowskyj Farias

Foto: Divulgação

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