Bolsonaro vai ao Municipal em ato pró-Michelle vetado pela Justiça, diz advogado

O casal Jair e Michelle Bolsonaro. Foto: reprodução

O advogado Fabio Wajngarten, que defende Jair Bolsonaro (PL), anunciou que o ex-presidente participará da cerimônia de entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, no Theatro Municipal de São Paulo.

Nesta segunda-feira (25) a Justiça paulista anunciou que foi determinado o cumprimento imediato da ordem emitida na última sexta-feira (22), após representação da deputada federal Erika Hilton (PSOL).

“O presidente Jair Bolsonaro estará em São Paulo cumprindo agendas […] Às 18h45 participará de outro evento em homenagem à primeira-dama Michelle Bolsonaro no Theatro Municipal”, escreveu Wajngarten no X, antigo Twitter.

O evento foi idealizado pelo vereador Rinaldi Digílio (União Brasil), aprovado na Câmara Municipal e sancionado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Digílio manteve a organização do evento dizendo que ainda não foi notificado da decisão do tribunal, proferida pela 10ª Câmara de Direito Público na noite de sexta. O desembargador Martin Vargas determinou que a cerimônia ocorra na Câmara Municipal da capital paulista e ameaçou aplicar multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento.

Eventos do tipo costumam ocorrer na Câmara Municipal, mas os organizadores do evento em homenagem a Michelle alegaram que a Casa Legislativa não comportaria o número de convidados. O Theatro Municipal tem capacidade para 1.523 pessoas.

A ação também é apontada como uma antecipação da campanha eleitoral, uma vez que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) já recebe apoio de Bolsonaro na disputa pela reeleição na Prefeitura de São Paulo.

Segundo Vargas, há “indícios contundentes” de que transferir o evento para o Theatro Municipal violaria “os princípios da administração pública”. Ele destacou que a cessão do teatro para a cerimônia levantava questões sobre gastos adicionais ao poder público e características “visivelmente políticas e eleitorais”.

Nesta segunda-feira, Bolsonaro teve o plano de fuga exposto após ser alvo da Polícia Federal em 8 de fevereiro. No dia 12, ele optou por se esconder na embaixada da Hungria, em Brasília, até 14 de fevereiro. Ele segue investigado pela trama golpista que tinha o objetivo de mantê-lo no poder após a derrota para Lula (22) nas eleições de 2022.

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