Vereador Samir acusa ex-secretário Gabriel Castanheira de ameaça

O vereador Samir Dawud relatou que ele e seus assessores foram ameaçados pelo ex-secretário de Segurança de Balneário Camboriú, Antônio Gabriel Castanheira Junior, quando iam tomar café um psto em frente à Câmara Municipal, na tarde desta quinta-feira (27).

Samir registrou boletim de ocorrência por ameaça, e distribuiu nota à imprensa alegando que Castanheira ‘de forma premeditada’ estava aguardando ele sair da Câmara e quando ele e seus assessores foram em direção ao posto, o ex-secretário ‘cantou pneus e entrou no posto’. O advogado José Fernando Marchiori Junior também estava no local.

Foi relatado que Castanheira desceu do carro e começou a ‘encarar de longe’ Samir e seus assessores, juntamente com os vereadores Marcelo Achutti e Osmar de Miranda, que teriam começado a rir do colega parlamentar.

Quando Samir e seus assessores se aproximaram do posto, Castanheira teria corrido em direção ao grupo com ofensas e ameaças.

Samir optou por voltar à Câmara. Após isso, Castanheira voltou para o grupo que estava com ele, entrou na caminhonete e foi embora.

Na nota, Samir complementa que lamentou a cena por ver os colegas parlamentares ‘admitindo e incentivando ameaças e agressões, rindo e debochando’ dele e de seus assessores.

O Página 3 procurou Samir para entender melhor a situação e ele disse que na última vez que teve contato direto com Castanheira foi antes da eleição da mesa diretora da Câmara, em 1º de janeiro.

Segundo Samir, Castanheira que o apoiou na eleição a vereador, fez pressão para que votasse em Marcelo Achutti e não em Marcos Kurtz.

“O Castanheira disse que quem se junta com a família Pavan para ele vira vagabundo, pois quem anda com vagabundo é vagabundo. Tem cinco ou seis guardas municipais que são mais fieis a ele, que quando passam na rua e me veem, me encaram com cara feia, também mandam recado por outras pessoas”, contou.

O vereador comentou ainda que na quarta-feira (26) foi no jantar de aniversário de um guarda municipal foi feito um vídeo onde vários guardas gritaram ‘estamos juntos, Samir’ e que Castanheira sentiu isso como uma provocação.

“Por minha sorte, um funcionário da Secretaria de Obras me viu e me chamou para conversar, e eu tive tempo de ver ele (Castanheira). Ele veio igual um touro para cima de mim, andando rápido. Eu me assustei e voltei para a Câmara. Ele correu e eu corri. Para me precaver, pois ele está na cidade, eu fiz um BO. Não é de agora, não… toda vez que eu posto foto com Nilson [Probst, vice-prefeito da cidade e desafeto de Castanheira], ele acha que é provocação”, afirmou.

Na nota enviada pela assessoria de Samir, foi citada ‘ameaça de agressão’, mas o vereador esclareceu que a ameaça não foi para ele e sim para um de seus assessores.

Castanheira teria ameaçado que ia ‘pegar’ o assessor. Porém, na quinta à tarde, quando Samir correu, Castanheira teria gritado para ele.

“Ele gritou ‘Estão com medo? Não eram vocês que eram o machão? Quem foge da polícia é vagabundo’.

Diretamente para mim ele nunca fez nada, mas ameaçou diretamente o meu assessor, e até hoje posta stories no Instagram sobre judeu que matou palestino, porque sabe que sou palestino. Outras pessoas falam que ele está doido comigo… ele fica falando aos quatro ventos que sou o alvo dele. A última vez que tivemos contato direto foi antes da eleição da mesa diretora. Depois disso, não tivemos mais contato diretamente”, completou.

Castanheira foi procurado, mas não retornou contato

O jornal procurou o ex-secretário Antônio Gabriel Castanheira Junior para ouvir sua versão, mas ele não retornou e nem atendeu as ligações da reportagem. Caso ele queira se pronunciar, o espaço permanece aberto.

Achutti diz que não houve agressão e nem ameaça

O vereador Marcelo Achutti isse que não confirma nada, porque não viu nenhum tipo de agressão. “Acho que o Castanheira foi cumprimentar ele [Samir], porque até trabalhou para ele (Samir) na eleição. Estávamos rindo, conversando no posto, não falamos do Samir em momento algum. Eu falei com o Castanheira sobre a Clínica Social [projeto focado em pessoas em situação de rua], queria saber por qual motivo não pode voltar a ser realizada. O que vi foi o Castanheira descer do carro, e Samir e assessores correrem. Foi o que eu vi”, explicou.

O vereador comentou que ‘é lógico’ que começou a rir, porque considerou a cena cômica, de Samir correndo de Castanheira, e questionou ‘o que tem demais e se isso é crime?’.

“Não vi violência, não ouvi grito, ameaça, nada. Estávamos todos brincando no posto, mas a cena foi cômica, de todo mundo correndo. Mas se eles têm problema, aí eu não sei. Eu não gosto de violência, mas tem pessoas que falam besteiras. Quem fala, esquece mas quem é falado, não esquece. O Samir tem falado de mim, e no campo político é uma coisa, mas no pessoal é outra. Eu não levo desaforo para casa. Se ele [Samir] falar na tribuna que eu estava rindo e instigando, eu vou responder na altura. São coisas de infantilidade. Eu não tenho nada a ver com Samir, mas ele está igual chulé. Sai do meu pé! Ele que resolva os BOs dele e não jogue para mim”, completou Achutti.

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