​Mais de 500 mil brasileiros sofreram golpes bancários via celular em 2024​

 

Foto: Divulgação/Febraban

Mais de 500 mil brasileiros foram vítimas de golpes bancários aplicados por celular em 2024, segundo levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A maioria dos casos envolve o uso de técnicas de persuasão por telefone, conhecidas como engenharia social, para enganar as vítimas e obter acesso aos dados bancários. Com informações do Jornal Nacional, da TV Globo.

Em um dos áudios divulgados, um golpista se passa por funcionário de uma central financeira e tenta convencer a vítima a compartilhar a tela do celular. “Aparece pro senhor ‘compartilhar e enviar mensagem’. O senhor vai clicar em compartilhar tela pra gente dar início na proteção juntos e aceitar ou iniciar – que vai aparecer pro senhor”, diz o criminoso ao telefone.

Quando o produtor William Santos confronta o golpista, ele assume sem rodeios:


Produtor: “Ô ladrão, cê tá pensando que eu sou babaca. Tô te pegando. Cê faz isso todo dia, cê é ladrão mesmo?”
Golpista: “Todo dia nós dá golpe. Todo dia nós róba.”

O golpe da falsa central telefônica está entre os dez mais comuns. O criminoso liga para a vítima alegando uma compra suspeita e pede dados bancários. Quando a pessoa desconfia, a ligação é encerrada. “Mas o senhor não sabe minha agência e minha conta?”, rebate uma vítima antes de o telefone ser desligado.

Outro golpe recorrente é a clonagem de aplicativos de mensagens. O criminoso se passa pela vítima e começa a pedir dinheiro aos contatos. Em seguida vem o golpe da falsa promoção ou pesquisa premiada. Guilherme Souza Pereira, de 21 anos, caiu ao acreditar que ganharia R$ 500. Após preencher dados, enviou dois Pix e só então percebeu que era golpe. “Cliquei no link, falei: ‘ah, é patrocinado, então com certeza tá seguindo todas as regras…’. Mas não foi bem assim, né?”, lamenta.

Os criminosos costumam agir em horário comercial. Segundo a Febraban, isso ocorre porque as vítimas estão mais distraídas, ocupadas com o trabalho ou outras atividades. A urgência nos pedidos é um dos sinais de alerta.

“Exatamente. Sempre que houver um senso de urgência atrelado a um pedido de uma instituição financeira, alguma coisa está errada”, afirma Ivo Mósca, diretor de produtos e serviços e prevenção a fraudes da Febraban. “Toda a comunicação das instituições vem para informar o cliente para que ele procure dentro do seu tempo a sua instituição.”

A Febraban reforça que bancos não pedem dados de conta nem senhas por telefone, mensagens ou e-mails. “O que nos preocupa é que esses golpes ocorrem não pela fragilidade nas instituições, mas sim pela argumentação, pela engenharia social”, diz Mósca. “Elas conseguem operar não por uma falha na instituição, mas pela obtenção das credenciais para acesso àquela conta.”

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