Na última sessão, o dólar futuro encerrou o pregão em baixa de 0,20%, cotado a 5.878,5 pontos, revertendo parte da valorização acumulada no mês. A moeda norte-americana cedeu terreno em meio à cautela dos investidores diante da volatilidade nas decisões tarifárias dos Estados Unidos, que têm minado a confiança nas autoridades norte-americanas e levado investidores a buscar mercados mais estáveis fora dos EUA. Além disso, a expectativa de possíveis negociações entre Estados Unidos e China, após relatos de que Pequim estaria aberta a conversas desde que haja demonstração de respeito, contribuiu para o alívio nos mercados.
Para os traders de minidólar, o ambiente permanece volátil e sensível às notícias relacionadas à guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. A oscilação do dólar ao longo do dia evidencia a instabilidade do mercado, influenciada tanto por fatores externos quanto internos. No próximo pregão, é fundamental que os operadores estejam atentos às declarações de líderes globais e indicadores econômicos, ajustando suas estratégias para navegar em um cenário de incertezas e rápidas mudanças.
Análise do gráfico de 15 minutos
Mesmo com a leve queda registrada na última sessão, o minidólar manteve-se acima das médias de 9 e 21 períodos no gráfico de 15 minutos, o que indica alguma resiliência de curtíssimo prazo. No entanto, o cenário técnico continua exigindo cautela: a pressão compradora precisa ganhar força para superar tanto a resistência em 5.890/5.898,5 quanto a média de 200 períodos, hoje atuando como resistência para o fluxo direcional.
Caso essa região seja vencida com volume, os próximos alvos estarão nas resistências de 5.915,5/5.929 e, em seguida, 5.943,5/5.958 pontos. Do contrário, se os vendedores retomarem o controle e conseguirem romper a faixa de suporte em 5.878/5.876, o fluxo de baixa pode acelerar em direção às próximas zonas de defesa nos 5.860,5/5.841,5 e 5.833/5.810 pontos.
Pelo gráfico diário, o candle de ontem reforçou a indecisão do mercado, com a formação de um doji com longa sombra superior, sinalizando mais uma tentativa frustrada de rompimento da média móvel de 200 períodos, que segue atuando como forte resistência na região de 5.892,5 pontos.
O fechamento ocorreu entre as médias móveis, o que mantém o cenário técnico indefinido. Para que o ativo retome o movimento de baixa, será necessária a perda consistente da faixa entre 5.870 e 5.833 pontos, o que poderia levar o mercado ao alvo inicial na média de 21 períodos, atualmente nos 5.810 pontos.
Já para que o fluxo comprador volte a se intensificar, será preciso romper a média de 200 períodos (5.892,5 pontos) com firmeza. Nesse caso, os próximos alvos técnicos estariam em 5.975/6.000 pontos. O IFR (14), por sua vez, segue em 52,86, em uma zona de neutralidade, sem indicar sobrecompra ou sobrevenda.
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Dólar futuro (WDOK25): Gráfico de 60 minutos
O gráfico de 60 minutos mostra um movimento mais lateralizado, com o minidólar oscilando nos últimos dias sem força suficiente para definir uma tendência clara. O fechamento da última sessão ocorreu com o ativo abaixo das médias de 9 e 21 períodos, o que reforça o viés de cautela no curto prazo.
Para retomar o movimento de alta, será necessário romper a resistência entre 5.888/5.915,5 pontos. Caso haja volume comprador suficiente para essa quebra, o ativo poderá mirar as próximas resistências em 5.929/5.958,5, com alvos estendidos em 5.975 e 6.000 pontos.
Se, por outro lado, o ativo seguir com o viés de baixa, a atenção deve se voltar para o suporte em 5.860/5.833 pontos. A perda dessa faixa pode intensificar o fluxo vendedor, abrindo caminho para os próximos suportes em 5.810/5.800 pontos e, mais adiante, em 5.753/5.738 pontos.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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