Saiba o que são generais ‘woke’, que Donald Trump promete expulsar dos EUA

O recém-eleito presidente dos EUA Donald Trump – Foto: Reprodução

O recém-eleito presidente dos EUA Donald Trump prometeu eliminar os chamados generais “woke” do Pentágono, termo que ele e aliados conservadores utilizam para descrever militares com posturas liberais ou que defendem pautas de justiça social. Originalmente, “woke” surgiu na comunidade afro-americana como expressão de alerta para injustiças raciais, mas ao longo dos anos passou a englobar também questões como igualdade racial, feminismo, direitos LGBTQIA+, ativismo ambiental e direitos reprodutivos.

Nos Estados Unidos, “woke” se popularizou ainda mais com o movimento Black Lives Matter, em 2013, e, desde 2017, consta no dicionário Oxford como “estar consciente sobre temas sociais e políticos”. Para muitos conservadores, no entanto, o termo carrega um sentido pejorativo, sendo usado para criticar atitudes consideradas exageradas ou desnecessárias em questões políticas.

Trump, que já havia banido transgêneros do serviço militar em 2019, durante seu primeiro mandato, voltou a enfatizar que não quer um exército “woke” em seu governo. Em entrevista à Fox News, declarou que, se reeleito, “demitiria” aqueles que se encaixam nessa definição, referindo-se a uma “faxina” no Pentágono para garantir uma linha de comando alinhada com suas visões políticas.

O general C.Q. Brown, chefe de Estado-Maior Conjunto da Força Aérea – Foto: Reprodução

Entre os militares que Trump considera “woke” está o general C.Q. Brown, chefe de Estado-Maior Conjunto da Força Aérea e um defensor da diversidade nas Forças Armadas. Brown, que é negro e general de quatro estrelas, expressou suas opiniões sobre discriminação em um vídeo publicado após o assassinato de George Floyd, em 2020. Trump e seu vice J.D. Vance indicaram que não desejam líderes militares que se oponham a suas políticas.

Vance, por exemplo, votou contra a confirmação de Brown no ano passado e defende substituir oficiais que não estejam plenamente alinhados com as ordens do presidente. Em uma entrevista, afirmou que é necessário “se livrar” daqueles que não cumprem a agenda presidencial e nomear pessoas que “façam o que o presidente está tentando realizar”.

Trump também tem criticado duramente ex-generais e ex-secretários de Defesa que o consideram “inapto para o cargo”. Ele sugeriu que Mark Milley, ex-chefe do Estado-Maior Conjunto, poderia ser executado por traição, afirmando que “em tempos passados, seu castigo teria sido a morte”. A fala reflete o nível de tensão entre Trump e setores da defesa que mantêm uma postura crítica em relação ao ex-presidente.

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