General acusado de tramar golpe vai recorrer de decisão de Moraes sobre prisão, diz defesa

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao lado do general Mário Fernandes: o militar vai recorrer de negativa do Supremo. Foto: reprodução

A defesa do general Mário Fernandes informou que irá recorrer da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que na última quinta-feira (26) negou o pedido de revogação de sua prisão preventiva, conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.

Marcus Vinicius Figueiredo, advogado de Fernandes, anunciou que solicitará ao próprio Moraes que encaminhe o pedido de soltura para julgamento pelo plenário do STF, embora a possibilidade de o magistrado permitir essa análise seja considerada remota.

O relacionamento entre Moraes e a defesa de Fernandes tem sido tenso. No dia 17, Figueiredo requisitou uma audiência com o ministro para discutir o caso, mas a resposta do gabinete foi um formulário a ser preenchido com o pedido formal. O documento foi assinado e entregue no mesmo dia, mas, até o momento, dez dias depois, não houve qualquer resposta do Supremo.

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General Mário Fernandes: ele aparece no relatório da PF como o idealizador do plano para matar Lula. Foto: Isac Nóbrega/PR

Fernandes está preso desde 19 de novembro e, segundo o relatório da Polícia Federal, é apontado como o idealizador do plano Punhal Verde Amarelo, que incluía, além de um golpe de Estado, o assassinato do presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin e do próprio Alexandre de Moraes.

Na decisão que manteve a prisão preventiva de Fernandes, Moraes afirmou que a defesa “não apresentou qualquer fato superveniente que pudesse afastar a necessidade de manutenção da custódia cautelar, ante a necessidade de resguardar ordem pública e a instrução processual penal, conforme as circunstâncias concretas evidenciadas nos autos”.

Além de Fernandes, o general Walter Braga Netto também teve sua prisão preventiva mantida por decisão de Moraes. A decisão relacionada a Braga Netto, sob sigilo, foi emitida em 24 de dezembro, enquanto a de Mário Fernandes é datada do dia 26. Ambos estão presos no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.

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