Criaram um robô funcional em uma impressora 3D e sem elementos eletrônicos: como isso foi possível?

Já imaginou imprimir um robô, retirá-lo da impressora e fazê-lo começar a andar sem necessidade de montagem, cabos ou sensores? Bem, isso já aconteceu.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, San Diego e da BASF conseguiu o impensável: criaram um robô de seis pernas totalmente funcional, que é impresso em uma única peça e não precisa de componentes eletrônicos para se movimentar.

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Tudo que você precisa é de ar. Sim, ar. Como se você estivesse soprando vida em plástico flexível.

Robôs sem cabos ou chips: apenas ar pressurizado e bom design

Em vez dos clássicos motores, placas eletrônicas ou sensores, este robô funciona com sistemas pneumáticos. Ou seja, ele usa a pressão do ar para se mover.

No seu interior possui um circuito de válvulas e dutos que canalizam o ar com precisão, permitindo movimentar as pernas de forma coordenada. Sem baterias, sem Bluetooth. Apenas pressão e física bem aplicada.

A chave é um design brilhante que atinge quatro fases sincronizadas de movimento, permitindo que três pernas estejam no chão e as outras três elevadas, criando uma marcha estável e fluida.

O resultado? Este minirobô pode escalar encostas, mover-se por terrenos rochosos e até andar sobre a água. E tudo isso sem a necessidade de um único cabo.

Tudo em uma impressão (e sem montagem)

Todo o processo levou cerca de 58 horas usando uma impressora 3D de mesa com material TPU, um plástico flexível que permite criar juntas herméticas e peças móveis em uma única passagem.

Ao terminar, o robô é retirado da impressora, conectado a um pequeno cartucho de CO2… e começa a andar. É tão simples.

Com um único cartucho de 16 gramas, o robô foi capaz de se mover continuamente por 80 segundos e percorrer cerca de 85 centímetros. Não é muito, mas quando você considera que veio pronto para funcionar sem montagem, parece algo saído de um romance de Asimov.

Para que serve um robô sem eletrônica?

Embora não possa competir com os robôs mais avançados em termos de autonomia ou inteligência, este design tem muito potencial em ambientes extremos.

Locais onde a electrónica tradicional falha: áreas com elevada radiação, campos magnéticos fortes, risco de explosão ou mesmo debaixo de água. Também pode ser ideal para missões de busca e salvamento, educação, monitoramento ambiental ou exploração remota.

E por ser impresso em um único material, a porta se abre para criar versões biodegradáveis ​​ou recicláveis. Robôs que cumprem sua tarefa e depois podem desaparecer sem deixar rastros.

Um design tão simples que qualquer um poderia replicá-lo

Um dos pontos mais interessantes do projeto é a sua reprodutibilidade. Outro pesquisador, com outra impressora em outra cidade, conseguiu recriar o robô com sucesso.

Isso mostra que o projeto é confiável e acessível, sem a necessidade de laboratórios caros ou equipamentos ultrassofisticados. O que você vê é o que você imprime.

Atualmente, o robô necessita de ar de uma fonte externa, mas os pesquisadores já estão trabalhando na inclusão de um sistema de pressão interna e novas funções como direção ou braços. O futuro parece incrivelmente flexível… e sem parafusos.

Conclusão: e se você imprimisse o próximo robô?

Este robô não apenas caminha, caminha em direção a um futuro mais acessível, ecológico e criativo. A ideia de ter máquinas funcionais impressas diretamente em casa ou na escola não parece mais tão maluca.

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A robótica, tal como a conhecemos, pode estar entrando numa nova era: uma era em que qualquer pessoa com uma impressora 3D pode projetar, criar e testar soluções personalizadas. Quem poderia imaginar que a próxima revolução tecnológica viria pelo ar?

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