Após piscada no STF, Bolsonaro e Michelle apelam a Fux em ato na Paulista

Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Luiz Fux: casal apelou ao ministro durante ato pró-anistia na Avenida Paulista, em São Paulo. Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro apelaram, durante o ato pró-anistia realizado neste domingo (6), na Avenida Paulista, em São Paulo, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.

Fux integra a Primeira Turma da Corte, responsável por julgar as acusações de tentativa de golpe de Estado após a derrota de Bolsonaro para o presidente Lula (PT) nas eleições de 2022. O ministro foi o único a divergir de Moraes no julgamento da Primeira Turma da Corte que tornou Bolsonaro réu por tentativa de golpe de Estado, ao defender que o caso fosse levado ao plenário. No entanto, votou com os outros quatro ministros para aceitar a denúncia contra o ex-presidente.

Fux já havia paralisado o julgamento da bolsonarista Débora Rodrigues dos Santos ao pedir vista do processo. Ele sinalizou que discorda da pena de 14 anos prevista no voto do relator, Alexandre de Moraes, no caso da cabeleireira que pichou a frase “perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, em frente ao Supremo, durante os ataques em Brasília, entre outros crimes.

Bolsonaro agora espera que o magistrado vote favoravelmente à anistia dos condenados. “Há boa sinalização por parte do ministro Fux. Ele tem um prazo para entregar sua vista, né? Ele vai apresentar o voto em três meses. Espero que ele apresente voto semelhante aos do Kassio Nunes e André Mendonça, pela absolvição”, disse o ex-presidente.

Já Michelle citou o caso de Adalgiza Maria Dourado, condenada a 16 anos de prisão por participar dos atos terroristas de 8 de janeiro, e o de Cleriston da Cunha, o Clezão, que morreu após passar mal na prisão, onde estava por envolvimento na invasão às sedes dos Três Poderes.

“Luiz Fux, eu sei que o senhor é um juiz de carreira e o senhor não vai jogar o seu nome na lama. Nós temos aqui a Adalgiza, de 64 anos, que está doente. Não deixa a Adalgiza morrer, Luiz Fux. Não faça com essa mulher o que fizeram com o Clezão. Hoje nós temos uma mãe e duas filhas chorando a morte do seu pai e do seu esposo.”

Michelle também afirmou que a pena prevista para Débora é exagerada. “Débora escreveu uma frase em um monumento que foi apagado com água e sabão, como vocês viram. E já está há dois anos presa [ela foi para prisão domiciliar no fim de março]. Sua família sofrendo, longe de seus filhos. Agora, está em prisão domiciliar graças à grande mobilização de vocês, graças à mobilização de grandes patriotas”, acrescentou.

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