
A Operação Escola Segura está atualmente monitorando 15 casos de indivíduos envolvidos na radicalização de jovens e possíveis ataques a escolas, conforme informações da Folha de S.Paulo. Desde o primeiro registro em 2001, em Macaúbas (BA), foram documentados pelo menos 36 ataques no Brasil.
A operação completará um ano em abril e, nos últimos meses, concentrou seus esforços na identificação e responsabilização dos envolvidos em ações de radicalização de jovens.
O delegado Alesandro Barreto, coordenador do Ciberlab (Laboratório de Operações Cibernéticas) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, alertou para a existência de grupos dispersos pelo país, sem conexão aparente, planejando ataques em escolas. As equipes também investigam casos de influência sobre jovens para perpetrar ataques.
Um balanço da operação entre abril de 2023 e janeiro deste ano revela um total de 9.486 denúncias recebidas, incluindo 12 tentativas de ataque e sete efetivados. Foram realizadas 401 prisões e apreensões de menores de 18 anos, além da execução de 388 mandados de busca e apreensão, e a remoção de 917 conteúdos das redes sociais.
O delegado destaca a integração do Ciberlab com a Polícia Federal, Polícia Civil e Ministério Público para identificar indivíduos de risco e antecipar possíveis ameaças à segurança escolar.
Apesar dos esforços das forças de segurança, é importante que os pais exerçam um controle efetivo sobre seus filhos, utilizando softwares para limitar o acesso a conteúdos prejudiciais e orientando-os a relatar situações suspeitas online.

Ele ainda ressalta a necessidade de os pais estarem atentos a sinais de comportamento incomum, como isolamento prolongado e uso excessivo da internet por parte dos filhos.
“A responsabilidade dos pais vai além de simplesmente fornecer um celular e presumir que o filho, ao estar no quarto, está seguro. Muitas vezes a vulnerabilidade online pode ser maior do que se estivesse na rua, interagindo com amigos ou brincando de bicicleta. Embora uma queda possa resultar em um joelho machucado, estar sem supervisão dos pais pode representar um risco muito maior na internet”, disse.
Além disso, por meio da Operação Escola Segura, o Ciberlab identificou diversos casos, incluindo ameaças a meninas e maus-tratos a animais, além de situações que extrapolam os ataques em escolas.
Barreto enfatiza também que, embora o trabalho nas redes sociais tenha avançado, é crucial continuar aprimorando. Ele destaca a necessidade de aprimorar o compartilhamento de informações para identificar possíveis autores de crimes.
Dos 36 ataques a escolas, quase 60% ocorreram após o período de pandemia. Desde fevereiro de 2022, quando as escolas brasileiras reabriram após longos períodos de fechamento em algumas regiões, houve 21 ataques, resultando em 11 mortes. Isso representa 58,3% de todos os ataques registrados no país. Em 2022, foram 10 ataques; em 2023, 11.
Esses dados foram revelados em um relatório assinado por Telma Vinha e outros pesquisadores da Unicamp e da Unesp, membros do Gepem (Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral). O grupo se dedica a pesquisas sobre convivência escolar e tem investigado os ataques às escolas brasileiras.
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