Jair Renan se opõe o reconhecimento de assassinato de ex-prefeito na ditadura

O vereador Jair Renan Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi o único parlamentar da Câmara Municipal de Balneário Camboriú (SC) a votar contra o reconhecimento de que o ex-prefeito da cidade, Higino João Pio, foi assassinado durante a ditadura militar.

A mudança foi aprovada em plenário na terça-feira (25) e corrige documentos históricos que, até então, registravam erroneamente que o ex-prefeito teria cometido suicídio na prisão.

A atualização das atas legislativas ocorre após a retificação oficial da certidão de óbito de Higino Pio, que agora reconhece que a morte foi “violenta, causada pelo Estado brasileiro no contexto da perseguição sistemática” durante o regime militar (1964–1985).

Segundo investigações conduzidas ao longo de cinco décadas, Pio foi assassinado dentro da Escola de Aprendizes Marinheiros, em Florianópolis, em 1969. Na época, a cena foi manipulada para simular um suicídio: o corpo foi pendurado com um arame no pescoço, preso a uma torneira, com os pés quase tocando o chão.

O requerimento 10/2025, aprovado pela Câmara, afirma que a retificação representa um marco para o reconhecimento da verdade histórica e para a reparação dos danos causados à família e à sociedade local.

As atas corrigidas são datadas de 11 de março e 10 de outubro de 1969. Os documentos serão entregues em uma sessão solene de homenagem ao ex-prefeito, marcada para a próxima segunda-feira (31), com a presença de familiares.

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