Trump diz que agora é “sua vez de passar a perna” na China

Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, durante evento em Pequim, em 2017. Foto: Nicolas Asfouri/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a atacar a China em meio à guerra comercial entre os países. O republicano afirmou que Pequim “sempre passa a perna” no governo americano e que agora é sua vez de fazer o mesmo.

“Eles sempre nos passaram a perna a torto e a direito. Agora vamos passar a perna neles”, afirmou Trump durante jantar do Comitê Nacional Republicano para o Congresso, na noite desta terça (8). Mais cedo, o governo americano anunciou uma taxa de 104% sobre produtos do país asiático.

O governo chinês criticou a fala do republicano e afirmou que ele pratica “bulying” e “atos intimidatórios”. “Os EUA continuam a abusar das tarifas sobre a China. A China se opõe firmemente e jamais aceitará tais atos hegemônicos e de bullying”, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi.

No mesmo jantar, Trump afirmou que líderes mundiais estão “puxando seu saco” para negociar as tarifas. “‘Por favor, por favor, senhor, me deixe fazer um acordo’”, prosseguiu. A China, no entanto, diz que os EUA não têm buscado “diálogo”.

“Se os EUA realmente desejam abordar as questões por meio do diálogo e da negociação, devem demonstrar uma atitude de igualdade, respeito e benefício mútuo. Se os EUA estiverem determinados a travar uma guerra tarifária e comercial, a China continuará a responder até o fim”, afirmou Wang Yi.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o anúncio de países afetados pelo tarifaço na Casa Branca. Foto: Brendan Smialowski/AFP

O governo Trump tem anunciado tarifas sobre importações chinesas desde janeiro. Na ocasião, ele anunciou uma taxa de 10% e, no mês seguinte, elevou para 20%. Como resposta, a China aplicou uma tarifa de até 15% sobre produtos agrícolas americanos.

Na semana passada, no “Dia da Libertação”, quando anunciou o tarifaço, Trump impôs uma taxa de 34% sobre a China, que respondeu com uma cobrança do mesmo percentual sobre todos os produtos americanos. O presidente dos EUA deu um prazo para o país asiático suspender a retaliação e ameaçou uma nova taxa de 50%.

Nesta terça, o governo americano elevou a taxa para 104% e a China anunciou uma nova retaliação, com tarifa de 84% sobre todos os produtos americanos.

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